terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

POCURA UMA CASA EM SANTO ANTÓNIO?


Santo António, freguesia do concelho do Funchal, está situada junto à Ribeira de Santo António, na encosta sul da Ilha da Madeira. Com uma área de 22,21 km2, confina a norte com o concelho de Santana, a sul com as freguesias de São Martinho e de São Pedro, a leste com a freguesia de São Roque e a oeste com a Ribeira dos Socorridos, que fica entre os concelhos do Funchal e de Câmara dos Lobos.

HISTORIAL
Santo António, freguesia do concelho do Funchal, está situada junto à Ribeira de Santo António, na encosta sul da Ilha da Madeira. Com uma área de 22,21 km2, confina a norte com o concelho de Santana, a sul com as freguesias de São Martinho e de São Pedro, a leste com a freguesia de São Roque e a oeste com a Ribeira dos Socorridos, que fica entre os concelhos do Funchal e de Câmara dos Lobos.


Fazem parte desta freguesia inúmeros lugares, alguns de relevante interesse turístico e arquitectónico, entre os quais: Casas Próximas, Romeiras, Courelas, Quinta das Freiras, Terra Chã, Jamboto, Fontes, Ladeira, Chamorra, Encruzilhadas, Vasco Gil, Casas, Três Paus, Viana, Casa Branca, Boliqueme, Barreira, Trapiche, Curral Velho, Laranjal, Lombo de Aguiares, Pomar do Miradouro, Ribeira Grande, Lugar do Meio, Salão, Álamos, Água de Mel, Penteada, Quinta do Leme, Madalena, Levada do Cavalo, Pilar, Pico dos Barcelos, Santo Amaro, Tanque, Alecrins, Preces, Pinheiro das Voltas, Santa Quitéria, Pico do Cardo, Engenho Velho e Fajã.


O primitivo povoamento nesta região terá tido início em mais de um lugar em simultâneo, tendo-se estabelecido um dos primeiros núcleos de população na margem esquerda da Ribeira de João Gomes. Rapidamente se alargou às vizinhanças, impulsionado, provavelmente, pela vastidão da própria região, o abrigo oferecido pelas montanhas, o bom porto de mar, as abundantes linhas de água que a atravessam e o clima temperado. 


Contudo, os terrenos que compõem a freguesia actualmente pertenceram, em tempos, à freguesia da Sé, cujos limites iam, na altura, até às faldas dos montes que circuitam o Curral das Freiras, que só no ano de 1790 se desmembrou de Santo António. 


O Padre Fernando Augusto da Silva, no seu livro A Freguesia de Santo António, caracteriza-a como sendo uma das cinco freguesias suburbanas do Funchal. Quanto à sua origem o Dr. Álvaro de Azevedo afirma, numa das referências à obra de Gaspar Fructuoso, que: «A freguesia de Santo António, suburbana do Funchal, foi criada, provavelmente, pelo mesmo tempo que a de S. Pedro, em 1566, tendo ambas sido separadas da Sé: indubitavelmente existiu desde antes de 1574, porque, como se vê do alvará de 16 de Setembro desse ano, foi aumentada a anterior côngrua do seu vigário». No entanto, noutra obra, o Dr. Azevedo fixa a data de 1568 como o ano da sua criação.


Não existem dados que permitam determinar com exactidão o ano em que aqui se estabeleceu esta paróquia, mas, e tendo por base as datas dos primeiros registos do arquivo paroquial, acredita-se que a sua criação remonta a uma época anterior a 1568, pelo menos como curato autónomo. Os assentos mais antigos reportam-se a 1557, época a partir da qual passa a ser regular a escrituração dos termos de baptismo e casamentos, o que leva a supor que esta data coincidiria com a criação de um curato autónomo, elevado, posteriormente, a paróquia, cujo ano não é possível fixar.


Nos já referidos livros do registo aparece como primeiro sacerdote da paróquia Gonçalo Jorge Rodrigues, no período entre 1557 e 1559. Aqui desempenhou as funções paroquiais, sem que nunca tivesse surgido alguma indicação da categoria do cargo que exercia.


O desenvolvimento da populacão e do, consequente, serviço paroquial, levaram o bispo D. Luís Figueiredo de Lemos a requerer o estabelecimento de um curato nesta freguesia, aprovado a 29 de Outubro de 1602, por alvará de Filipe II. Nele concedia-se a autorização necessária para a criação deste lugar, para onde foi enviado o padre Domingos Brás. 


Na capela, em tributo a Santo António, que teria, certamente, feito parte de uma fazenda povoada, se fixou, por volta do século XVI, a sede desta paróquia ou do curato autónomo. É possível que antes da criação da freguesia essa ermida dispusesse do seu próprio capelão, como geralmente acontecia em circunstâncias semelhantes. 


O topónimo da freguesia advém da capela com o mesmo nome, construída sob a invocação ao Santo António, e que se situava nas proximidades da actual igreja paroquial, dando o seu nome às terras e sítio que a circundavam, sendo a origem da futura paróquia.


Esta paróquia possui também inúmeras capelas, não existindo, porém, já qualquer vestígio de três delas: a capela da Nossa Senhora da Quietação, de Santa Quitéria e de Nossa Senhora das Brotas.


A denominação de Capela da Nossa Senhora da Quietação provém do facto de esta ter como orago o mistério, que representa o sossego e a tranquilidade de que desfrutavam Jesus, Maria e José, no retiro da casa de Nazaré. A sua fundação deve-se a um voto feito, por Lourenço de Matos Coutinho e sua mulher, D. Mariana de Ornelas de Vasconcelos, à Virgem Maria, tendo sido construída em 1670, numa quinta que o casal possuía no sítio dos Alecrins.


A Capela de Santa Quitéria ficava situada no sítio da Quinta das Freiras, na margem direita da Ribeira de Santo António. É desconhecida, no entanto, a origem da sua designação, tendo-se avançado ao longo dos tempos várias hipóteses.


A Capela de Nossa Senhora das Brotas foi construída, no século XVII, para culto e sufrágio das almas do Purgatório. Nunca tendo chegado a estar concluída, supõe-se que se situava nas proximidades da Igreja Paroquial ou mesmo contígua àquela, demolida aquando da substituição da antiga igreja pelo novo edifício, por altura do terramoto. Esta pertencia à Confraria das Almas, que, provavelmente por falta de recursos, não terminou as obras da que viria a ser a sede da irmandade.


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